sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Feliz cada dia!

Abrem-se as cortinas! As emoções saltam de lá com limpidez e alegria. Mesmo as tristes tanto saltam que acabam por divertir-se no caminho. São como que originadas pelo que se viveu nos últimos dias. Os dias mais difíceis e os melhores. As maiores dores, os maiores amores. A sapiência de saber perceber, e a sensatez de sentir. Muito, bastante, com intensidade sentir. Sentir a dor extremamente, e dar muito mais sabor a sentir o amor. Emoções que lutam por expressar nas queridas palavras a liberdade absoluta de não pedir desculpas pelo que se é, de não acalentar nenhuma dor desnecessária, de não se deixar enganar e nem privar-se de declarar sentimentos. Jamais poderia desejar o amor que tive, e nunca, jamais julguei merecer. Que grande alegria foi conhecer sem expectativas e ser surpreendido com a candura que eu procurava ardentemente. Espalhei meus beijos doces, meus afagos, minhas palavras e meu olhar. Que lição me deu quem partiu, mas me deixou mais vida. Que grandeza particular foi não ter medo de ficar só comigo mesmo. E sem grandes pretensões e nem comedimento, que maravilhoso foi apaixonar-me por mim. Estou perto, creio, de admirar-me. Foram tantos abraços, tantos segredos, tantas risadas, tantas lágrimas e tantas palavras. E eis que os passos renovam-se! Novas páginas que escreverei, novas palavras que já estão aqui, outras que virão, outras que partirão. Sinto por aí o tal aroma da vida e levo o riso feliz e satisfeito. Vejo parte de mim em outro alguém. Vejo parte de outro alguém em mim. Muitas partes, muitas almas, muitas vidas. Permito-me desejar o mesmo de todas as manhãs: que saibamos viver nossos dias, sejam eles quantos for. E que, a despeito do tudo, nem eu, nem você, nem ninguém, como diria o poeta, tire a poesia das coisas.

“A felicidade se encontra em horinhas de descuido”
Guimarães Rosa.

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