domingo, 10 de março de 2013

in-finitude

Há um lado do "até quando" que me conforta:
nossa capacidade de repetir erros e acertos,
com uma fé tamanha, que acabamos surpreendidos
ao constatar que pouca coisa muda,
mas seguimos na roda, a repetir erros e acertos.

Há, na forma como vemos a vida, uma infinitude irreal,
uma irresponsabilidade perante nós mesmos.

Há um "por que" despercebido, subjulgado;

Há um "prá onde" desorientado;

Mas, felizmente, há um "com quem"
que empresta sentido a todo o resto,
que faz doce,
que faz reto,
que faz direto.
Ah! Esse modo mágico, provisório e delicado
que a vida tem de passar por nós
como se nos levasse junto...
mas ficamos.

Fala coração!!



É melhor ir devagar. Ela disse.

Em seu coração o desejo de ser desobedecida: não sejas devagar, seja imediato. Entra sem pedir licença, queima tudo que ainda dói com a simples luz de tua entrada, não faz perguntas, não tenha cautela. Abre teu espaço e ocupa o que quiser. Ocupa-me. Não me dá opções, não me deixe ser prudente. Não me deixe ponderar, nem discursar sobre o que aprendi. Não aprendi ainda, ensina-me. Rápido, não me permita pesar. Há uma urgência de você.

Mas o coração dela não falava.