terça-feira, 17 de julho de 2012

A porta


Fulge escuridão. Um medo disfarçado bate à porta. Insiste, insiste. Ela não pode abrir. Não há compaixão que supere o medo. A melancolia acorda, invade com o morno sorriso do que - já passado - não a abandona. Pela janela vê a esperança, cabelos ao vento. Já vai distante. Esperança e passado não se acertam. Quando ele sair daqui, pois sim, ela volta. O sol alto... Cá a escuridão brilha.

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta.

(E agora, José? – Drummond)

Um comentário: